O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (19) que
certamente haverá aumento no preço dos combustíveis em 2013. É a primeira vez
que o governo admite a mudança nos preços, que já vinha sendo discutida por
especialistas.
Em encontro com jornalistas em Brasília, Mantega disse também que se
pode esperar queda dos preços internacionais de petróleo em 2013 e que
"não há nada de excepcional" em elevar os preços dos combustíveis. O
ministro não deu mais detalhes, como o tamanho do ajuste ou quando ele sairá do
papel.
Um aumento no preço da gasolina seria benéfico para o caixa da
Petrobras, que vem amargando prejuízos na área de abastecimento.
A estatal importa combustível do exterior por preços mais altos do que
revende no mercado interno porque o governo, controlador da Petrobras, não
permite o repasse da instabilidade dos preços do petróleo para os
combustíveis. A estatal tem importado volumes crescentes de combustíveis
para atender ao mercado interno.
O aumento também seria fundamental para que a empresa cumpra seu plano
de investimento de US$ 236 bilhões no período de cinco anos, segundo afirmações
recentes da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Gasolina subiu em
junho, mas alta não chegou ao consumidor
No final de junho, a Petrobras anunciou um reajuste de 7,83% nos
preços da gasolina e de 3,94% no do diesel. Em seguida, o governo zerou tributos
sobre os combustíveis, para evitar que o aumento chegasse às distribuidoras e
aos consumidores. O Ministério da Fazenda divulgou uma nota anunciando que
zerou a alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico) incidente na venda da gasolina e do óleo diesel.
O reajuste da Petrobras passou a ser válido nas refinarias a partir de
25 de junho, e considerou os preços da gasolina e do diesel sem os tributos
federais Cide e PIS/Cofins, nem o tributo estadual ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços).
Fonte: UOL Notícias.
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