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BM&FBovespa: Volume global de IPOs sobe 43% no começo de 2013.


No Brasil, só a Linx abriu capital, levantando US$ 231,1 milhões. Há outras três na fila, mas cenário é incerto.

A ligeira recuperação das bol­sas mundiais no início do ano levou as empresas a tirarem do papel os planos de abrir capi­tal. De janeiro até 19 de março, foram captados US$ 16,3 bi­lhões, montante 43% superior ao do mesmo período do ano passado. Apesar disso, o núme­ro de ofertas públicas iniciais (IPOs, Initial Public Offering) caiu de 143 para 116 no perío­do, segundo dados da Thomson Reuters divulgados ao Brasil Econômico. Ricardo Torres, diretor da Norfolks Advisory, explica o aumento do volume captado e a queda do número de operações pela maior seleti­vidade dos investidores, devi­do ao cenário adverso. "Em um cenário mais estável, um núme­ro maior de empresas recorre­ria ao mercado", pondera.

A situação no Brasil é bem pior do que a verificada no res­to do mundo, em que reina o otimismo. No país, de janeiro até 19 de março foi identifica­do um IPO, da operadora de software Linx, de Us$ 231,1 mi­lhões. A bolsa brasileira regis­trou de janeiro até sexta queda de 9,37% em seu principal índi­ce, o Ibovespa. Neste ano, ain­da aconteceu no Brasil o IPO da Sênior Solution, que movimentou R$ 62,1 milhões, mas que não está na lista por fazer parte do Bovespa Mais, seg­mento de acesso à BM&FBovespa. Além disso, espera-se para este ano no país a abertura de capital de BB Seguridade, Mul- tiplus e Smiles, programa de milhagem da GOL. "A situa­ção está muito crítica e acredi­to que essas empresas terão di­ficuldades em fazer a opera­ção", diz Torres. "Os investido­res acham que o custo brasilei­ro está muito alto", diz Bernar­do Mariano, analista de bolsas da Equity Research Desk.

O economista Ricardo Amo- rim sentiu isso em seus negó­cios: no ano passado, assessora­va por mês seis clientes que queriam entrar no país, en­quanto neste ano a média está em dois ao mês. "Precisamos de menos interferência políti­ca, ou que o governo dê um si­nal claro de que quer o setor privado como parceiro impor­tante no processo de desenvol­vimento. Até agora, ele deu si­nal de que ele mesmo quer co­mandar isso."

O que pode agravar a situa­ção brasileira é a possibilidade de alta no juro básico, que o mercado espera para maio. Em busca de mais retornos, os in­vestidores migrariam para a renda fixa. Em meio a este ce­nário, há quem ainda seja otimista quanto ao cenário brasi­leiro. "O ano passado foi muito ruim no quesito abertura de ca­pital e já escutei estimativas de 10 a 15 operações de bancos de investimento para este ano", diz Claudio Yamashita, diretor da Intralinks para a América Latina.

Entre os IPOS globais, os Estados Unidos lideraram a lista, com 24 operações que levanta­ram US$ 6,67 bilhões. Em se­gundo lugar, está o Japão, on­de foram realizadas 15 transa­ções que captaram US$ 1,80 bi­lhão. "Sempre que a bolsa está em alta, mais IPOs acontecem, ao contrário de quando ela es­tá em baixa. Por isso, o volume das captações nos Estados Uni­dos e Japão foi maior", afirma Amorim. De janeiro até sexta, o índice Dow Jones subiu 10,74% e o índice Nikkei, 18,69%. Acontinuidade do ce­nário positivo para as bolsas de­pende, segundo Amorim, de uma recuperação mais consis­tente da economia chinesa, de uma estabilidade da crise euro- peia e de uma saída para a situa­ção fiscal dos EUA.


Alex Ibrahim, vice-presiden­te e chefe regional para Améri­ca Latina da Nyse Euronext, diz que a quantidade de empre­sas recorrendo às bolsas tem si­do pouca, mas que o cenário deve mudar. "A partir de abril vamos começar a ter um núme­ro de transações maior, quan­do as empresas reportam o re­sultado completo do ano ante­rior, mas tudo isso dependerá do que acontecer no mundo." A Nyse está em conversa com diversas companhias para aber­tura de capital. No ano passa­do, o grupo foi líder em IPOs, com 120 ofertas que somaram quase US$ 37 bilhões, enquan­to a Nasdaq levantou US$ 23,4 bilhões em 65 operações. "Te­mos diálogo muito grande com companhias não só dos Esta­dos Unidos como do mundo in­teiro", diz. Sobre a América La­tina, Ibrahim afirma que a pri­meira abertura de capital vai sair no início de abril.

Fonte: Valor Econòmico, em 25/03/2013 via Ministério da Fazenda.

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